domingo, 7 de junho de 2009

Goiabada

Chego e olho, pela janela do ônibus, as veias traçadas pela montanha.
Antigas cicatrizes dos árcades processos de acumulo de água,
e o coração já acelerado mostra-me o rosto do amor.
Os olhos brilhantes e sorriso constante a me alegrar e fazer-me
sorrir.
Você deve estar em casa?
Desço do ônibus e caminho pelas vielas que me levam à casa azul
de janelas coloniais.

Abro a porta que as chaves ganhei de ti e por ti espero em nosso
leito.
Desço as escadas que me fazem lembrar das brincadeiras que

só nós dois sabemos e, lá , estiro-me esperando um leve suspiro
da porta. Àquele barulho de ferros, e logo me ponho em pé, frente a
porta para, então, abraçarmo-nos como somente nós dois sabemos
fazer. Tudo torna-se pequeno demais e pouco para estragar toda
a felicidade que temos quando estamos juntos em um mesmo lugar.

É disto que sinto saudade meu ramor, de ver seu sorriso e saber que
tenho você comigo, sem preocupações e desconfianças. A melhor coisa
de nossa vida e a confiança por nós estabelecida. Quero que faça sempre
o que quiseres, darei sempre força para isso e não tenhas dúvidas do que
quiseres escolher. Seja sempre você, mesmo quando esse você for outro.
Outra face, outra personagem... Quero você por completo mesmo quando
incerto do que quer fazer e, ou dizer. Não tenhas medo de escolher sua
família serás ela que você terá sempre.

E você faz falta, muita.
Tanta!
Que nem sei dizer.

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