
Lá fora escorre uma gota de água e, o brilho das luzes de lá, fazem com que esta gota fique translúcida e reflita as várias cores que a noite nos proporciona. Lembro daquele rosto tão familiar, que agora me escapa pelas amarras da memória. Seu semblante, suas marcas, todas elas foram seguindo os caminhos tortuosos da chuva. Se escondem debaixo de alguma escada, bueiro e chegam até onde nem imaginamos onde elas possam chegar.
O corpo perde sua dor diária, o peito não parece mais vítima deste ar rarefeito. Os passos firmam-se e estendem-se como devem ser. As mãos alcançam o que é objeto delas. Outras situações mostram-se muito mais interessantes e, portanto, o que era importante, "des-importantiza-se". Percebo uma cegueira que se fez por cicatrizes, profundas marcas que estão no mais denso da carne.
Como não nos atentamos para coisas tão óbvias?
Estás em minha frente e não vejo, estás ao meu lado e não percebo, estás em meu coração e eu afoguei. O desejo é fera vivente dentro de nós. Quando não damos atenção, vem e toma-nos o corpo, a alma e a mente. Somos meros bonecos deste tabuleiro de situações, estamos no campo de uma guerra perdida.
A chuva que cai, não cai igual para vocês, ela é muito interna e lava tudo o que achava estar morto e enterrado. O coração tem mais lacunas do que imaginamos e nele muitas coisas podem se empilhar.
Novamente tento alçar voo e me desprender das raízes que fixei, solo perene, desnutrido. Solo que, com a mais pequena garoa se despedaça e fragmenta-se. Solo alimentado com violência, com crítica e prepotência. Solo que é fraco e sempre o será. Não poderei mais caminhar por ele e por isso procuro desengripar minhas "alas". Coloquei fogo em minha alma e dela saem grandes labaredas.
E para cima é que devo ir.
O corpo perde sua dor diária, o peito não parece mais vítima deste ar rarefeito. Os passos firmam-se e estendem-se como devem ser. As mãos alcançam o que é objeto delas. Outras situações mostram-se muito mais interessantes e, portanto, o que era importante, "des-importantiza-se". Percebo uma cegueira que se fez por cicatrizes, profundas marcas que estão no mais denso da carne.
Como não nos atentamos para coisas tão óbvias?
Estás em minha frente e não vejo, estás ao meu lado e não percebo, estás em meu coração e eu afoguei. O desejo é fera vivente dentro de nós. Quando não damos atenção, vem e toma-nos o corpo, a alma e a mente. Somos meros bonecos deste tabuleiro de situações, estamos no campo de uma guerra perdida.
A chuva que cai, não cai igual para vocês, ela é muito interna e lava tudo o que achava estar morto e enterrado. O coração tem mais lacunas do que imaginamos e nele muitas coisas podem se empilhar.
Novamente tento alçar voo e me desprender das raízes que fixei, solo perene, desnutrido. Solo que, com a mais pequena garoa se despedaça e fragmenta-se. Solo alimentado com violência, com crítica e prepotência. Solo que é fraco e sempre o será. Não poderei mais caminhar por ele e por isso procuro desengripar minhas "alas". Coloquei fogo em minha alma e dela saem grandes labaredas.
E para cima é que devo ir.
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