Amareladas caras e rostos inexpressivos, vazio e distanciamento.
Quem és tu?
Quem sois vós a mirar-me ao espelho e nada ver... Quem pode dizer algo se este algo nunca fora vivenciado. Quem pode dizer que és completamente certo se nada que temos é eterno. Sou um aprendiz, meretriz de porta de biblioteca, tento arrancar de página coisa que a mim são importantes, mas o que é realmente importante? Será que estas páginas podem me envolver ao ponto de me transformar em algo maior, melhor, diferente, interessante.
Sou mais que estas linhas erradas que escrevo. Sou maior que meus erros. Sou eu que inteiramente me inscrevo. Sou pedaços de um grande e labiríntico mosáico. Sou milhões! Nem sei mais. Se soubesse o que sou seria receita de bolo:
Meio braço de farinha, meia perna de tristezas, dois olhos de esperança, uma cabeça enlouquecida e, por aí, iria toda a estrutura de um ser que desconheço e, que talvez, seja aquele de quem mais posso dizer. Sou o incompleto estranho de mim. O imperceptível engano que criei em minhas caminhadas. Meu corpo é falante e expressa-se por conta própria, indiferente a minha vontade. O desejo que me toma é àquele de que você se esconde. Covarde sou, corajoso também. Sou tudo em divisão, multiplicação e todas as contas aritméticas existentes. E nunca serei decifrado. Sou carta fechada que somente o dono sabe o conteúdo, mas que a vida expõe apenas uma palavra por vez. Sou lembrança de passados que digo ter vivído, porém não me lembro ou me esqueço. Sou maior que o casúlo ao qual fui enclausurado, sou a liberdade que se vende em troca de um sorriso. Eu sou o mistério das águas, o calor do deserto. O fogo que há em mim não se extinguirá nunca, nem quando minha existência, a tão conhecida da humanidade, chegar ao fim. Sou poeira cósmica, sou algo fora da Terra. Em mim são formadas estrelas e de mim descendem todas as almas viventes. Sou a mais pura e clara luz do alvorecer e sou todas as nuances que retornam ao "findo" dia. Saberia dizer-lhe todas as coisas, mas estas não me são possíveis pronunciar. A grandeza do espírito está nas moléculas de meu corpo e todas elas vibram comigo diariamente. Sou maior do que o medo do desconhecido e dele retiro forças. Cresço a cada segundo mais do que o universo pode expandir-se. Sou maior, sou melhor, sou único como qualquer um neste planeta tão pequeno. Se você procura algo externamente a você, pare agora a sua procura. Tudo o que buscas estás, tão e exclusivamente, dentro de ti.
Tu és maior, tu és potência! Deixe que seu corpo fale por ti, ele não erra. Sou explosões atômicas que sucedem-se a cada milionésimo de segundo. Sou a voz que não cala nunca, que não para de cessar e renascer. Sou a voz de legiões. Sou o maestro dos astros. Meu corpo é marcado por estigmas e não sou Messias. Sou mais!
Possuo todos os sentimentos do mundo e ouço os berros desta Terra sofrida, os ventos conversam comigo e me contam coisas que nem consigo pronunciar. São todos eles arautos de um outro local que não conheço e me despeço diariamente. Deles vim e para lá voltarei. Em suas margens calmas navego, sim, em mares profundos e de locais onde somente o rei dos sonhos pode abrir seus portais e eu possuo a chave. Abro quantas portas quiser e atravesso céus e infernos com os cães guardiões. Conversei com Deuses e por eles fui julgado.
A pena de Maat foi mais pesada que minhas culpas, sou leve e estou a voar por aí.
Quem és tu?
Quem sois vós a mirar-me ao espelho e nada ver... Quem pode dizer algo se este algo nunca fora vivenciado. Quem pode dizer que és completamente certo se nada que temos é eterno. Sou um aprendiz, meretriz de porta de biblioteca, tento arrancar de página coisa que a mim são importantes, mas o que é realmente importante? Será que estas páginas podem me envolver ao ponto de me transformar em algo maior, melhor, diferente, interessante.
Sou mais que estas linhas erradas que escrevo. Sou maior que meus erros. Sou eu que inteiramente me inscrevo. Sou pedaços de um grande e labiríntico mosáico. Sou milhões! Nem sei mais. Se soubesse o que sou seria receita de bolo:
Meio braço de farinha, meia perna de tristezas, dois olhos de esperança, uma cabeça enlouquecida e, por aí, iria toda a estrutura de um ser que desconheço e, que talvez, seja aquele de quem mais posso dizer. Sou o incompleto estranho de mim. O imperceptível engano que criei em minhas caminhadas. Meu corpo é falante e expressa-se por conta própria, indiferente a minha vontade. O desejo que me toma é àquele de que você se esconde. Covarde sou, corajoso também. Sou tudo em divisão, multiplicação e todas as contas aritméticas existentes. E nunca serei decifrado. Sou carta fechada que somente o dono sabe o conteúdo, mas que a vida expõe apenas uma palavra por vez. Sou lembrança de passados que digo ter vivído, porém não me lembro ou me esqueço. Sou maior que o casúlo ao qual fui enclausurado, sou a liberdade que se vende em troca de um sorriso. Eu sou o mistério das águas, o calor do deserto. O fogo que há em mim não se extinguirá nunca, nem quando minha existência, a tão conhecida da humanidade, chegar ao fim. Sou poeira cósmica, sou algo fora da Terra. Em mim são formadas estrelas e de mim descendem todas as almas viventes. Sou a mais pura e clara luz do alvorecer e sou todas as nuances que retornam ao "findo" dia. Saberia dizer-lhe todas as coisas, mas estas não me são possíveis pronunciar. A grandeza do espírito está nas moléculas de meu corpo e todas elas vibram comigo diariamente. Sou maior do que o medo do desconhecido e dele retiro forças. Cresço a cada segundo mais do que o universo pode expandir-se. Sou maior, sou melhor, sou único como qualquer um neste planeta tão pequeno. Se você procura algo externamente a você, pare agora a sua procura. Tudo o que buscas estás, tão e exclusivamente, dentro de ti.
Tu és maior, tu és potência! Deixe que seu corpo fale por ti, ele não erra. Sou explosões atômicas que sucedem-se a cada milionésimo de segundo. Sou a voz que não cala nunca, que não para de cessar e renascer. Sou a voz de legiões. Sou o maestro dos astros. Meu corpo é marcado por estigmas e não sou Messias. Sou mais!
Possuo todos os sentimentos do mundo e ouço os berros desta Terra sofrida, os ventos conversam comigo e me contam coisas que nem consigo pronunciar. São todos eles arautos de um outro local que não conheço e me despeço diariamente. Deles vim e para lá voltarei. Em suas margens calmas navego, sim, em mares profundos e de locais onde somente o rei dos sonhos pode abrir seus portais e eu possuo a chave. Abro quantas portas quiser e atravesso céus e infernos com os cães guardiões. Conversei com Deuses e por eles fui julgado.
A pena de Maat foi mais pesada que minhas culpas, sou leve e estou a voar por aí.
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