terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Breath

O pouco espaço de tempo que registro nestas entrelinhas,
por este vetor permitido, sou como chama crescente do
desconhecido..

Vibro entre estalagens, entre estridências

sou corpo

que clama

Sou rijo e isto inflama o todo ao seu redor
e o outro que em ti habita és trama de uma
mesma linhagem.

Traço linhas em suas peles, entre a carne e osso
emaranho-me e transformo-te escrevendo em ti
em uma e em todas linguagens.
Vós que sois o único portal e parâmetro,
o único estribo que faz me aqui, vós...

Estou em seus braços e pernas, olhos, sexo, costas.
Sou maior do que possa imaginar e quando inebriado se tornas
surjo com minhas penas que crescem de dentro para fora
de vocês e que nunca vistes, mas sempre foram suas.
Sua pele, maravilhosamente, brilha como cetim exposto ao sol.

Sim, estas fitas me prendem a você, mas sabes que isto
apenas protela o certeiro encontro que teremos
e que sabes que será inesperado.
Sou sua respiração e seus pensamentos.

Desacorrente-me.

Seus passos tão milindrosos, são apenas uma constante
padronização de uma perfeição que julgas ter.
Sou forte como um marte, destruidor como Shiva e pacificador como
Sidarta.

Cresço dentro de ti desde sua criação.

Reinvente-se diariamente, ou devoro-te.

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