note que vou remexendo
na bolsa de antigas lembranças
vou levando esperança aos meus antigos
amigos
por hora vou dizendo que estou fazendo
muito mundos, fundos de uma experiência de mim.
Pois não nos esqueçamos, somos humanos
e carinho de amigo é sempre muito bom.
Agora que resolvi me abrir e de mim retirar um pouco de ti,
vou lembrando do que outrora vivi. Não penso mais na imagem
de um depois, pois depois é para longe demais.
Não espero que compreenda, não pretendo que se arrependa.
Só não terás mais este olhar vindo de mim.
Nada mais, nada atrás, apenas as mãos
abertas, outra janela.
A casa fica vazia, as malas ficam postas, são palavras.
São apenas formais palavras de um desvariado despudorado coração.
Mas se um dia, apenas um dia, em mesas limpas deitassêmos
nossos desejos, expostos em sua completa nudez,
mostrar-te-ia mil outras versões de mim.
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