quarta-feira, 16 de outubro de 2013

My eyes are open

No expurgar de martírios veem-se imagens, mistérios. O preto e o branco que tampam as faces não são para esconder, mas para travessar com os olhos sempre abertos, mesmo cerrados.  O amarelado do fundo que faz na foto são paisagens urbanas, são decorações mundanas de pura afetação. Muro branco, reflexão de expectativas, destruição de imaginário. As imagens servem para serem destruídas, destituídas de si. Não há eu e você, somos um. O que são os comentários, quais são as importâncias de nossas imagens construídas, quais são suas validades e qual é a nossa intenção quando realizamos determinada ação? Somos responsáveis pelo o que criamos. Então, "stryke the pose or nothing do it", como diriam madonnas. Como o mais famoso quadro de Leonardo da Vinci, giocconda, Monalisa, já fazia pose para ser eternizada em uma moldura de madeira e exposta no Louvre. Enfim, melhor ter o ego massageado por expor-se do que fingir não sentir quando se é elogiado. Sejamos sinceros em nossos mais nebulosos recônditos de nossas mentes, sensações e intenções. Enquanto estiveres preso à significância haverá apenas dor e sofrimento. O significado, o buraco negro das insígnias, apenas carrega consigo os medos, as doenças, as neuroses e psicoses. Transmutar estes signos, as ambiguidades gnósticas, serve para dicotomizar e restringir as possibilidades de ação do indivíduo humano. Sem pensar em razão e motivo, transmutando certos conceitos fazemos com que o desejo possa fluir como rio que azeita o maquinário da potência de produção que se é agenciador.
As redes são para conexão, que não se pode definir por ser muito ampla suas matizes de agenciamentos, pois quebram-se estagnações, coágulos de força dando vazão para novidades, invenções. A rede é boa quando se conhece a maré.

"Vai caminhante antes do dia nascer. 
Vai caminhante antes da noite morrer."



- bem vinda sinceridade!

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