Então vamos recaptular: Os donos da mídia são sujeitos extremamente ricos e conectados com os partidos e setores mais conservadores da sociedade. Faz tempo que atacam Dilma, Lula e os demais partidos a esquerda.
Certo dia, as pessoas conseguem usar a rede social para deixar de fazer flashmobs superficiais e realizar algo memorável: manifestações colossais por todo o país contra os donos das empresas de transporte em prol da diminuição do preço das passagens.
A mídia em primeira instância nos chama de vândalos, escreve e espalha editoriais desprezando as manifestações. Dois dias depois o discurso muda e a mídia fica querendo dar uma de engajada, com jornalistas fazendo discursos exaltados contra o governo (peraí, mas e os donos das empresas de ônibus?), posts no feicebuque com um papo descabido em prol do impeachment de Dilma e soltando pra todo lado especulações conservadoras sobre os verdadeiros motivos por trás das manifestações.
Mas peraí, a direita no Brasil não se utiliza apenas de políticos escrotos (vide Feliciano, Alckmin) e de uma mídia descaradamente golpista (Globo, RBS, revista Veja), mas também de sua tropa de choque (militares mal intencionados, nazis, os pró-volta-da-ditadura). Como resultado temos visto vândalos e saqueadores infiltrados em todas as manifestações sob a vista grossa da polícia. Como resultado a energia do movimento tem se diluído.
O que proponho em suma é isso: Não deixemos a mídia (seja na tv, na internet, no jornal, no rádio) colocar a bandeira que querem nas nossas mãos; não vamos dar aos militares a desculpa que tanto almejam pra que possam usar de truculência (sem vandalismo, não façam dar certo esse plano escroto que estão tentando colocar em prática) e por fim, não vamos desviar o foco (questionar, protestar contra os donos das empresas de transporte público), do contrário voltarão tudo isso contra nós e o pesadelo de um golpe de estado se tornará nossa realidade. Aí meus caros, adeus liberdade...
Publicação, Normatiza, 24 de junho de 2013.
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