é um desejo de latência, uma necessidade de vibrar, o corpo pede. novos corpos expressam outras necessidades, são apenas expressos pensares que veem outras planícies, é o espaço de correntezas, de fluxos de água. o rio que vence seu itinerário a fim de desaguar-se no espaço maior. o mar. foi levando consigo gritos a ouvidos surdos, o ladrar de um inaudível cão, que clama por seu dono e que late frente a parede, um sujeito que nunca esteve. é uma presença nutrida de via única, de mão desviante, de capacidades que ultrapassam os passos transeuntes no azul profundo, ao negro intenso de nossos esquecimentos. escolho a construção impensada e fugidia das normalizações que estagnam até qualquer embarcação à deriva. derivè, por que não? perder-se sem destino, no improviso, de repente não há como negar o trajeto e a ele nos associamos, exercendo nosso processo correr das tesas amarras que nos impuseram e que delas vamos nos fazendo rede, vela e utensílios para nossa navegação libertária e para além dos pesos, sermos devir vento, devir oceano, devir beijo no seu rosto.
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