Eu
fui covarde e tive medo de ser só seu.
Acreditei em falsas promessas, em
devaneios
e as frestas de barcos que afundaram antes de descer o rio.
“E
sonhei penhascos” com jardins exuberantes ao meu lado.
Com doces odores tendo nas
mãos os sabores de frutas
e do amor que tivestes por mim.
Sem
piedade pisei nas flores, nos ramos e os abandonei,
não quis enfrentar o peso da
responsabilidade e me arrependi.
Quis
voltar ao jardim, mas o jardineiro havia fechado os portões
a cadeado e os muros eram muito altos para escalar e as
proteções fortes demais para não me deixaram entrar.
Sendo
completamente compreensível que os muros endurecessem,
corri atrás de me fazer
ser visto, para notarem a minha presença, e
afastado fiquei, excluído, camuflado.
Mas
o canteiro por nós dois construído foi crescendo, mesmo
bagunçado, mesmo deixado de lado.
E as
ervas nativas tomaram conta de todo o cercado
e a flores em abundância, que escapam
aos limites, atiram-se a todos os lados.
Uma árvore sobe com sua copa jovem aos céus e estica seus braços
para dar conta de toda a luz que recebe.
Nela
há um ninho com vários filhotes e eles cantam,
cantam todos os dias.
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