segunda-feira, 5 de junho de 2017

O aroma dos pelos

A pele da nuca deles nua é convite à boca que saliva e que sabe onde quer chegar.
A língua pulsa, estala na boca com vontade de beijar.
Os lábios, então, profanos e insanos atacam a orelha, assim, inesperadamente.
Ela está lá, inocente, como que sem nada a aguardar.
E esse doidivanas louco vai novamente aos seu lóbulos mordiscar.
As mãos correm a cintura, e atravessam quente as costas e param no umbigo a estacionar.
O risco manual no corpo faz um cordão de calor, um ardor, que por toda a pele espalha.
As calças justas, ressaltam as rijas condutas de dois amantes a se desejar.
A espera é torturante, pois o desejo lancinante leva os dois a se devorar.
E aos pelos, gostos e cheiros os dois homens, se amam enlaçando pernas, coxas, peitos e pintos.
E a gozarem aflitos, abrem os olhos, braços e sentidos para nunca essa imagem apagar.
Um momento como esse pode nunca mais ser vivido, um desejo que se realiza, um encontro que acontece senão no quarto que seja no delírio, nos aromas que me trazem você ao corpo, do que não foi, do que seria, do que é.


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