treme o corpo, torpe, impregnado de vibrações que percorrem me todo. os poros abrem-se, fluídos líquidos jorram seguem seu fluxo, comportas de usinas abertas! tempestade no coração, conversas alvissareiras que trazem notícias do velho inédito. Do vívido vencido brota-se a primeira folha de um jasmineiro.
exalam cores de meus dedos, pinto partitura musical em minha pele. arrebatamento que ultrapassa camadas, superfícies, estou em vários nichos, promíscuos vícios de meu sentir. evanescem pedaços de mim, de nós, somos inquebrantáveis, feitiço constante, sou amor. vida vem, fica mais um pouquinho, seu gosto, cheiro, carinho. fica comigo, assim, quietinha, dou-te minha mão para afagar.
pareço querer deixar mais cascas pelo caminho, sou assim, meio menino, com medo de abraçar o mundo que me abre as portas. quis. e por querer fiz, sou nada.
e se te ver passando e o peito estourar, de nada vai adiantar guardar sentimentos profundos. isto, a vida, é algo único, que passa rápido e acaba. o objeto mais prepotente e perecível na Terra somos nós, humanos. agora, com nó na garganta, tento em vão travar a emoção de um rasgado sorriso, firmo os pés na densidade da vida, agarro e digo para ficar. vou, voo, vão de águas, mares!
caldeirão em ebulição, cores nas paredes, portas, de repente nitidez!
à (des)associação com COEUR DE PIRATE - Adieu
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